Entendendo o TDAH : o que você precisa saber
- Redação

- 15 de jan.
- 6 min de leitura
Todos nós temos dificuldades para ficar quietos ou manter o foco de vez em quando. Mas para pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), esses desafios fazem parte da vida diária.

Resumo da matéria por IA :
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico que afeta a função executiva do cérebro, impactando a capacidade de planejamento, organização, foco e controle de impulsos. Seus sintomas se manifestam em três categorias principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade, variando em intensidade e apresentação entre indivíduos. Embora mais frequentemente diagnosticado em meninos na infância, afeta pessoas de todas as idades e gêneros. Sua causa é multifatorial, envolvendo genética, fatores ambientais e diferenças na estrutura e função cerebral. O tratamento inclui medicação, terapia e mudanças no estilo de vida, visando melhorar a qualidade de vida dos afetados. É importante lembrar que o TDAH não é causado por falta de esforço ou disciplina, e com o tratamento adequado, é possível levar uma vida plena e produtiva.
O que é TDAH?
O TDAH é um transtorno neurobiológico de desenvolvimento, o que significa que ele molda como o cérebro se desenvolve e funciona. Ele afeta as partes do cérebro responsáveis pela função executiva: a capacidade de planejar, organizar e executar tarefas. Isso inclui a capacidade de manter o foco e a atenção e de controlar impulsos e emoções.
O TDAH é tipicamente diagnosticado na infância, mas os sintomas podem continuar na idade adulta. Algumas pessoas não são diagnosticadas até mais tarde na vida.
O TDAH é uma condição médica que afeta o trabalho, a escola, os relacionamentos e muito mais. Ele não é causado por preguiça ou falta de disciplina ou inteligência. Pessoas com TDAH podem (e de fato!) levar vidas bem-sucedidas e gratificantes – mas podem precisar de apoio para controlar seus sintomas.
Quais são os sintomas e sinais?
Os sintomas do TDAH geralmente se enquadram em três categorias:
* Desatenção:
Pessoas com TDAH costumam ter problemas para prestar atenção aos detalhes, seguir instruções e concluir tarefas. Elas podem se distrair facilmente, ter dificuldades com organização e gerenciamento de tempo e perder coisas com frequência.
* Hiperatividade:
Muitas pessoas com TDAH têm problemas para ficar sentadas por longos períodos. Elas podem ficar inquietas e se contorcer, estar constantemente em movimento e falar excessivamente.
* Impulsividade:
Pessoas com TDAH podem interromper os outros, agir sem pensar e ter dificuldade em esperar sua vez.
Esses sintomas afetam as pessoas de diferentes maneiras. Eles podem variar de pessoa para pessoa, podem mudar com o tempo e podem parecer e se sentir diferentes em diferentes ambientes e para pessoas de diferentes idades e identidades de gênero. As crenças e expectativas culturais também podem afetar como os sintomas do TDAH se apresentam e como são interpretados pelos outros.
Se não for identificado ou tratado, o TDAH pode levar a desafios sérios na escola, no trabalho e em casa. O TDAH também pode afetar os relacionamentos pessoais e aumentar o risco de uso de substâncias, lesões e acidentes.
O que causa o TDAH?
Não sabemos exatamente. Mas pesquisas sugerem que vários fatores provavelmente desempenham um papel. Esses incluem:
* Genes e hereditariedade:
O TDAH tende a ser hereditário, o que pode significar que é hereditário. Os cientistas também identificaram vários genes que desempenham um papel na regulação de substâncias químicas cerebrais e podem contribuir para o desenvolvimento do TDAH.
* Ambiente:
Estudos encontraram taxas mais altas de TDAH entre pessoas que foram expostas a certas substâncias ou condições no ambiente (como chumbo e poluição do ar) durante o desenvolvimento pré-natal ou na primeira infância.
* Anatomia e função do cérebro:
Algumas pesquisas sugerem que pessoas com TDAH têm diferenças na estrutura e na função de seus cérebros. Essas diferenças podem afetar a atenção, a impulsividade e o autocontrole.
Quem pode ser afetado pelo TDAH?
Meninos são mais propensos do que meninas a serem diagnosticados com TDAH na infância. No entanto, isso pode ser devido, pelo menos em parte, às diferenças em como os sintomas do TDAH se manifestam em meninos e meninas.
Por exemplo, meninos mais novos tendem a ser mais fisicamente hiperativos e impulsivos, o que pode ser mais perturbador e perceptível para os pais e professores. Os sintomas em meninas mais novas geralmente incluem desatenção e baixa autoestima, que muitas vezes parecem mais sutis por fora.
As expectativas de gênero também podem contribuir. Em muitas culturas, espera-se que as meninas sejam quietas e bem comportadas, então sua desatenção pode não ser tão perceptível. Muitas meninas com TDAH também aprendem a se conformar às expectativas dos outros, escondendo ou "mascarando" suas dificuldades.
Condições coexistentes
Mais de dois terços das pessoas com TDAH também têm pelo menos uma outra condição coexistente. Essas podem incluir:
* Transtornos de ansiedade e humor (como depressão)
* Transtornos de comportamento e conduta (como dificuldade em seguir as regras)
* Deficiências de aprendizagem
* Problemas de sono
* Transtorno do espectro autista
Os sintomas dessas condições costumam se sobrepor ao TDAH. Isso pode dificultar o diagnóstico preciso, a diferenciação e o tratamento.
Como o TDAH afeta o cérebro?
Pessoas com TDAH podem ter níveis mais baixos de dopamina, uma substância química no cérebro que ajuda a regular a atenção e a motivação.
Outras partes do cérebro que desempenham um papel incluem:
* O córtex pré-frontal:
Este é responsável pelas funções executivas: como planejar, organizar e prestar atenção. Pessoas com TDAH frequentemente têm dificuldades com essas funções executivas.
* O estriado:
Este está localizado profundamente no centro do cérebro e está envolvido no processamento de recompensas e na motivação. Pessoas com TDAH podem ser menos sensíveis às recompensas, o que pode dificultar a manutenção da motivação.
* Redes neurais:
Pessoas com TDAH podem apresentar diferenças na forma como certas áreas de seus cérebros se comunicam. Isso pode dificultar o foco e ignorar distrações.
Como é diagnosticado?
O TDAH é diagnosticado com base nos sintomas, histórico e comportamento de uma pessoa. Se você ou seu filho estiverem apresentando sintomas de TDAH, a primeira etapa é conversar com um profissional de saúde. O profissional de saúde vai querer saber sobre os sintomas, incluindo quando começaram, o quão graves são e como afetam os aspectos da vida, como trabalho, escola, relacionamentos e funcionamento diário. Eles também procurarão outras causas possíveis. Por exemplo, certas condições médicas e outras condições de saúde mental, bem como situações e experiências não médicas (como uma mudança repentina de vida, trauma ou um estressor contínuo) podem desencadear sintomas que se parecem muito com o TDAH.
Como é tratado?
O tratamento do TDAH geralmente envolve uma combinação de medicação, terapia e modificação ou treinamento de habilidades no estilo de vida.
* Medicamentos:
Podem ajudar a melhorar o foco e a atenção em pessoas com TDAH. Estimulantes são prescritos com mais frequência, mas também existem opções não estimulantes. A medicação é uma ferramenta eficaz para muitas pessoas com TDAH, mas pode ter efeitos colaterais e pode levar algum tempo para encontrar a certa.
* Terapia:
pode ajudar as pessoas a aprender estratégias e técnicas para controlar os sintomas do TDAH e melhorar seu funcionamento geral. Pode ajudar com organização, gerenciamento de tempo e resolução de problemas.
* Modificações no estilo de vida:
Incluindo fazer exercícios regularmente, comer refeições nutritivas e balanceadas e dormir o suficiente, pode ajudar a controlar o TDAH. Desenvolver rotinas e horários, estabelecer metas e buscar apoio de familiares, amigos e grupos de apoio também são importantes.
Com diagnóstico, tratamento e apoio adequados, pessoas com TDAH podem ter vidas bem-sucedidas e gratificantes. Se você acha que você ou seu filho podem ter TDAH, é importante conversar com um profissional de saúde qualificado sobre suas opções.
Curiosidade
O TDAH não era chamado de "TDAH" até o final da década de 1980.
Por que o nome?
A linguagem usada para descrever o TDAH e seus sintomas mudou ao longo do tempo.
Um dos primeiros relatos de hiperatividade foi de 1798, quando um médico escocês observou uma condição de "inquietação mental" e "inquietação" em crianças que se assemelha muito ao que chamamos agora de TDAH. A condição foi posteriormente referida como "disfunção cerebral mínima" na década de 1950, "reação hipercinética da infância" na década de 1970 e, finalmente, "transtorno de déficit de atenção/hiperatividade" na década de 1980.
Dados estatísticos :
* 9,4% das crianças de 2 a 17 anos (1 em 11) foram diagnosticadas com TDAH.
* 4,4% dos adultos de 18 a 44 anos (1 em 23) foram diagnosticados com TDAH.
* A idade média de diagnóstico do TDAH é de 7 anos.
* Meninos têm de 2 a 3 vezes mais probabilidade de serem diagnosticados do que meninas.
* Uma criança com TDAH tem 1 em 4 chances de ter um pai que também tem TDAH.
* De acordo com uma pesquisa nacional de 2016, 6 em 10 crianças com TDAH tinham pelo menos outro transtorno mental, emocional ou comportamental:
* Cerca de metade das crianças com TDAH também tinha um problema de comportamento ou conduta.
* Cerca de 3 em 10 crianças com TDAH também tinham ansiedade.
* Outras condições incluíam depressão, transtorno do espectro autista e síndrome de Tourette.
Fonte : National Library of Medicine

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